"Foi o maior roubo que eu vi", diz vereador
Dejair Machado (PSD) iniciou a legislatura tocando no assunto do aumento no número de vagas para a Câmara. Disse que os defensores da idéia enfrentaram muitas adversidades para voltar a ter representatividade. “Essa é minha satisfação maior. Até mesmo que ter ganho a eleição: ver a câmara com quinze vereadores”, disse ele, argumentando que mais cabeças enriquecem os debates na casa.
Segundo ele, atualmente há mecanismos e estrutura que tornam a fiscalização mais fácil, mas a demanda de trabalho é maior.
Mas o assunto em foco foi o projeto Segundo Tempo. Machado disse que uma reportagem do Diário Catarinense anunciava que a Polícia Federal estaria entrando em Brusque para apurar o caso envolvendo o órgão. Relembrou todos os passos da investigação feita por vereadores da legislatura passada e que culminou com um relatório a ser entregue ao ministério público.
Citou que após a divulgação das noticias sobre a investigação, o Instituto Contato, com sede em Florianópolis, desapareceu do mapa. Nem mesmo páginas em redes sociais do órgão estão ativas mais.
“Infelizmente fomos aqui ludibriados. Tanto a câmara como o Executivo. Mas a parcela de culpa maior é do Executivo, que tomou conhecimento da denúncia se não rescindiu o contrato. Tanto que o contrato foi ate o final de 2010. Foi o maior roubo que eu vi”, destacou.
Ivan Martins (PSD) disse que ao tomar conhecimento do assunto, mesmo fora de mandato, achou uma reportagem no jornal Folha de São Paulo sobre o assunto. “No Brasil temos hoje 340 mil ONGs. Se todas essas fizeram o que fez o Instituto Contato em Santa Catarina, estamos perdidos”, disse.
Valmir Ludvig (PT) disse que a prefeitura fez sua parte sobre as denúncias que recebeu no relatório. “Não podemos esquecer que a votação se deu quando a cidade estava um caos, devastada. Agora, naquilo que diz respeito à prefeitura, ela fez”, defendeu o petista.
Roberto Pedro Prudêncio Neto (PSD) disse que foi o autor da denúncia e que a prefeitura não acatou pedido feito pela Câmara. “A prefeitura não aceitou o relatório que fizemos”, disse ele.
Machado terminou dizendo que a Câmara só não foi atrás da prestação de contas porque era prerrogativa do governo federal.